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Redes de restaurantes ampliam investimentos da China

Ruim para uns, bom para outros! 

No momento em que a segunda maior potência econômica mundial luta contra a desaceleração do seu crescimento e enfrenta uma guerra comercial travada contra os EUA, as redes americanas de restaurantes encontraram uma brecha para investir e ampliar seus mercados na Ásia Oriental.

Ao mesmo tempo em que a China é um dos maiores países receptores de investimentos estrangeiros diretos do mundo, é também um dos países que mais impõe barreiras sob as leis e regulamentações do comércio. 

Tal inconsistência fez com que, no início do segundo semestre desse ano, a economia do país despencasse, levando à menor taxa de crescimento econômico (6,2%) nos últimos 27 anos – cenário este que se agravou depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou implementar outras tarifas sobre os US$ 300 bilhões de produtos chineses.

Como resultado, o Banco Central anunciou que a China removerá os limites de participação de estrangeiros para possuir ações e fundos de investimento em 2020 (um ano antes do originalmente planejado). Segundo o comunicado, os investidores estrangeiros serão, ainda, incentivados a criar empresas de gestão de fundos, câmbio e previdência.

Para Aaron Allen, fundador e chefe estrategista da consultoria global de restaurantes Aaron Allen & Associates, este cenário é positivo para as redes de fast-food. Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e o mercado de foodservice em alta, a China é um mercado atraente para cadeias de restaurantes que buscam novos clientes. “Quando você olha para esse potencial, isso não retrai as marcas americanas que querem entrar na China”, explica Allen.

Contudo, é possível que os novos investidores sintam alguns impactos negativos oriundos da guerra comercial entre os dois países como, por exemplo, o aumento das taxas retaliatórias cobradas pela China e, consequentemente, custos mais altos dos alimentos, conclui.

No entanto, esse não parece ser um problema para uma das maiores marcas de foodservice do mundo, o McDonald’s. A rede planeja abrir mais de 400 lojas até o final de 2019, como parte de uma estratégia global mais ampla, cujo objetivo é dobrar sua contagem de lojas para 4.500 até 2022. “É incrivelmente competitivo. Você vê o ritmo em que outras pessoas estão se expandindo, mas é um mercado enorme”, afirma Easterbrook, CEO da marca.

Segundo ele, a empresa não está muito exposta já que seus restaurantes internacionais não costumam importar a maioria dos alimentos utilizados pela cadeia e, por isso, a empresa está muito confiante em seu futuro a longo prazo na China. Embora a cadeia de fast-food não divulgue as métricas de desempenho do país individualmente, os executivos disseram que as lojas chinesas viram as vendas e o tráfego crescerem no segundo trimestre deste ano. 

“A classe média emergente, a maior acessibilidade da população em massa, está caminhando para o tipo de verificação e acessibilidade média do Western [restaurante de serviço rápido]”, completa Easterbrook.

Outra líder de mercado que não pretende perder essa maré é a Restaurant Brands International Inc. (RBI), dona de três famosas cadeias de restaurantes do mundo: Burger King, Popeyes e Tim Hortons. Veterano, o Burger King já tem mais de mil lojas na China. Já, as redes de café Tim Hortons e Popeyes Louisiana Kitchen, assinaram um acordo de franquias para abrir 1.500 lojas no país na próxima década.

Depois de abrir sua primeira loja na China em março, hoje a Tim Hortons tem 14 unidades. O CEO da Restaurant Brands, Jose Cil, disse a analistas que a rede está tentando tornar a marca canadense relevante para o consumidor chinês, ajustando seu cardápio de alimentos e criando mais bebidas à base de chá. 

As ações da Restaurant Brands, que tem valor de mercado de US$ 35,6 bilhões, aumentaram 48% até agora este ano. A empresa não divulga métricas financeiras para mercados individuais. Agora, a rede está olhando para o mercado de café da China que vem se expandindo rapidamente.

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