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Programa Mundial de Alimentos, da ONU, vence o Prêmio Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz de 2020 foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização das Nações Unidas (ONU), que combate a fome no mundo, a última sexta-feira (9).

O programa foi reconhecido “por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos, buscando prevenir o uso da fome como arma”.

Somente em 2019, cerca de 100 milhões de pessoas de 88 países foram beneficiadas pelo projeto, que atua no combate à fome em todo o planeta. As pessoas beneficiadas eram vítimas de insegurança alimentar aguda e fome, e viviam em ambientes de guerra ou conflitos armados.

Com a pandemia, o PMA intensificou ainda mais as suas ações. O Comitê Norueguês do Nobel enfatizou que as ações promovidas pelo PMA aumentaram a segurança alimentar de muita gente e também ajudaram a melhorar as perspectivas de estabilidade e paz.

Após o reconhecimento, a ONU emitiu um comunicado oficial: “O trabalho do Programa Mundial de Alimentos em benefício da humanidade é um esforço que todas as nações do mundo deveriam ser capazes de endossar e apoiar.”

Cenário Covid-19

Segundo a organização do Nobel, o programa já seria um merecedor do prêmio sem a pandemia, mas com a Covid-19 os motivos ficaram mais evidentes: a comida está menos disponível. Nesse cenário, “o programa da ONU demonstrou uma habilidade impressionante de intensificar seus esforços”, afirmou o comitê.

O diretor do escritório brasileiro do programa, Daniel Balaban, disse que o anúncio foi “uma surpresa completa” e defendeu o trabalho contínuo desta agência das Nações Unidas. Ele reforçou a importância do combate à fome para a redução dos conflitos (veja o vídeo a seguir).”A desigualdade leva à desesperança”, disse Balaban. “O WFP é fundamental. E se ele parasse agora, muito gente morreria de fome.”

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, celebrou o prêmio para o programa. Em uma rede social, Dongyu agradeceu a comunidade internacional pelo reconhecimento da importância da segurança alimentar.

“Temos muito orgulho de ter trabalhado com o Programa, fundado em 1961 como uma subsidiária da FAO para a assistência alimentar, e vem trabalhando há décadas para acabar com a fome”, escreveu Dongyu.

O vencedor do Nobel é decidido por um comitê eleito pelo parlamento da Noruega.

Foto: reprodução

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