A indústria de chocolate investiu em canais de venda online, marketplaces, aplicativos de entrega, WhatsApp e parcerias com varejo, entre outras iniciativas, para dar conta da demanda da Páscoa de 2021. É o segundo ano que a data é comemorada em meio a restrições de funcionamento do foodservice e do varejo por causa da pandemia de Covid-19.
“O setor se adequou ao novo comportamento de compra e às necessidades do consumidor. Com isso, as indústrias passaram a planejar um portfólio de produtos com opções desde acessíveis até premium, estando presentes em diferentes momentos de consumo”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonsêca.
Ele complementa: “A Páscoa é uma data presenteável, portanto, as empresas costumam, além de investir no desenvolvimento de Ovos de Páscoa, também trazer novidades em outros formatos para o consumidor, que acaba montando seu mix de compras.”
Em 2020 foram produzidas cerca de 8,5 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa. Os números de 2021 ainda não estão consolidados, mas o setor previu 11.665 contratações temporárias de profissionais para as linhas de produção e os pontos de venda. O número representa um crescimento de 4,8% em relação ao total de contratações do ano passado, segundo levantamento da Abicab. Além disso, de acordo com a entidade, os associados estão trazendo para o mercado 95 lançamentos em 2021.
757 mil toneladas de chocolate
Segundo dados coletados pela KPMG e divulgados pela Abicab, em 2020 a indústria produziu, no total, 757 mil toneladas de chocolates. Esse número representou um leve crescimento de 0,05% em relação a 2019, revelando uma estabilidade do setor.
Ao todo, em 2020, o Brasil exportou chocolates para 145 países, sendo os principais destinos Argentina, Paraguai e Uruguai. Foram 29,6 mil toneladas exportadas, um saldo 3,7% maior que o ano de 2019, que corresponde a um valor de US$ 100,6 milhões. Já para importações, esse volume foi de 16 mil toneladas, representando um valor de US$ 114,2 milhões.
“A indústria brasileira de chocolates tem um potencial significativo para crescer no mercado externo de maneira sustentável e responsável. Apenas em 2020, os produtos nacionais estiveram presentes em 145 países. Esse resultado, em ano de pandemia, é muito positivo e reforça a consolidação das indústrias que oferecem produtos de qualidade e estão em constante inovação”, afirma Ubiracy Fonsêca.
Foto: Bigstock