O McDonald’s disse nesta quarta-feira que vai exigir novos treinamentos e políticas para combater assédio, discriminação e violência a seus dois milhões de trabalhadores em 39 mil lojas em todo o mundo, das quais 93% são franqueadas.
Os novos padrões deverão ser atendidos a partir de janeiro de 2022. Eles também devem coletar feedback sobre o ambiente de trabalho da loja de funcionários e gerentes e compartilhar esses resultados com a equipe.
“É muito importante que sejamos muito claros: um local de trabalho seguro e respeitoso, onde as pessoas sintam que serão protegidas, é extremamente importante para o nosso negócio”, disse o presidente e CEO do McDonald’s, Chris Kempczinski, em uma entrevista à The Associated Press.
A mudança faz parte de um plano mais amplo contra o assédio sexual na maior rede de hambúrgueres do mundo. Nos últimos cinco anos, pelo menos 50 trabalhadores entraram com ações contra a empresa, alegando assédio físico e verbal e, em alguns casos, retaliação quando reclamaram.
Nos processos judiciais, os funcionários do McDonald’s reclamaram de toques indesejados, comentários obscenos, abuso verbal e agressões físicas durante o trabalho. Em alguns casos, os trabalhadores acusaram os gerentes de ignorar suas reclamações ou retaliar, dando-lhes menos turnos ou transferindo-os para outras lojas.
O problema, no entanto, não se limitava aos restaurantes. Em novembro de 2019, o McDonald’s demitiu seu ex-CEO Steve Easterbrook depois que ele reconheceu ter um relacionamento com um funcionário.
Segundo Kempczinski, a rede precisa definir expectativas e, em seguida, referi-las continuamente, especialmente porque a rotatividade de funcionários em restaurantes pode ser alta. “Se você não está constantemente falando sobre valores e os mantendo na vanguarda, se ficar complacente, talvez eles não sejam tão óbvios para as pessoas ou não sejam tão inspiradores quanto poderiam ser”, disse ele.
Com informações de ABC News
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