O aumento do preço da carne tem elevado o consumo de ovos no Brasil. O que talvez menos gente imagine é que, mesmo antes da atual crise, os ovos já vinham ganhando crescente espaço no prato dos brasileiros. Em duas décadas, o consumo no país saltou de 94 para 251 ovos per capita, volume superior à média global de 230 ovos por pessoa. O forte dinamismo do setor ajuda a explicar a trajetória de acentuado crescimento da Granja Faria. Com 15 anos de mercado, a empresa hoje também atua com ovos comerciais, onde vem desbravando ideias promissoras e inovadoras.
Um bom exemplo é a inauguração, no dia 6 de julho, em São Paulo, da primeira unidade de sua cadeia de restaurantes de fast food. Batizada de Eggy, a rede obviamente terá o ovo como item central. A primeira unidade fica na região da Avenida Faria Lima, um dos principais centros financeiros do país. O plano é abrir 30 lojas nos próximos dois anos, incluindo unidades de rua, em aeroportos e shoppings.
Além das estratégias com fast food e ovos férteis, a empresa fornece ovos comerciais para redes de supermercados, assim como grandes clientes da indústria alimentícia, incluindo BRF e JBS. Ainda no segmento de ovos comerciais, no ano passado a Granja Faria estreou, também em São Paulo, um serviço de ovos por assinatura.
A empresa foi fundada em Nova Mutum (MT) por Ricardo Faria, empresário egresso do segmento de lavanderias industriais. Hoje detém a marca Ares do Campo e adota o sistema de criação de galinhas soltas. Assim, todos os ovos servidos na rede de restaurantes Eggy serão produzidos por galinhas criadas soltas.
Impulsionada por sucessivos resultados positivos, nos últimos a empresa vem adquirindo importantes granjas em diferentes locais do país. É o caso da da Avícola Catarinense, comprada em 2013. Já a paranaense Granja Marutani e a gaúcha Granja Stragliotto foram compradas em 2018, enquanto as mineiras Iana Alimentos e Aviário Santo Antônio foram compradas em 2019.
Somente nos últimos quatro anos, os investimentos da Granja Faria chegaram a R$ 1,3 bilhão. Em 2021 o plano é investir R$ 300 milhões. Uma das apostas é verticalizar a produção dos grãos usados para alimentar as galinhas. Para isso a empresa comprou uma área de 100 mil hectares na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Com informações de Valor Econômico
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