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Foodservice sente os benefícios da digitalização

A digitalização no foodservice

Os serviços proporcionados pela digitalização nos vários processos de gestão dos negócios têm auxiliado na consolidação de empresas independentemente dos setores a que pertencem. No caso do foodservice, a cadeia completa do negócio já se rendeu aos benefícios da digitalização.

“É importante ressaltar que a digitalização tomou conta de empresas grandes e pequenas, pois surgiram novas ferramentas muito mais acessíveis, com baixo investimento e fácil implementação”, afirma Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).

O uso de aplicativos digitais e demais recursos da informática para facilitar o trabalho do gestor e de outros funcionários cresce à medida que os resultados positivos aparecem. No caso do setor de foodservice, as iniciativas de digitalização vão muito além do serviço de entrega (delivery), com o seus populares aplicativos de celular e entregadores de motos.

O diretor-executivo da ANR destaca que a transformação digital hoje vai além também da criação de cardápios virtuais ou por QRCode e está presente em todas as áreas da empresa. Foram alterados os processos de compra, controle de estoque, processos de RH e gestão de canais de comunicação e fidelização, que alteram definitivamente a forma de se relacionar com os clientes.

Uma pesquisa realizada pela ANR, em parceria com a Galunion e o Instituto Foodservice Brasil (IFB), em maio deste ano, mostrou que 52% dos estabelecimentos entrevistados pretendem manter softwares integradores para organizar pedidos de todos os canais de vendas, 42% manterão totens ou cardápios digitais para autoatendimento e 27% continuarão trabalhando com reservas online para controlar filas.

A atualização recente desta pesquisa, realizada em setembro de 2021, mostra que, mesmo com a retomada gradativa dos salões, o delivery continua a representar uma parcela significativa do faturamento do setor. Segundo a pesquisa, a participação saltou de 24% pré-pandemia para 39% em média atualmente. Além disso, 85% dos estabelecimentos pretendem manter este canal de vendas.

Para trocar experiências com executivos do setor, a ANR vai participar da Anufood Brazil 2022 desenvolvendo atividades para, entre outras coisas, ampliar os contatos para novos negócios. A feira, que acontece em São Paulo de 12 a 14 de abril de 2022, é considerada o maior encontro do setor de alimentos e bebidas com a presença dos principais players nacionais e internacionais.

“O acesso à tecnologia está cada vez mais democratizado e, hoje, as empresas de todos os tamanhos estão buscando soluções de digitalização em diversas áreas do negócio para melhorar a sua rentabilidade e a fidelização dos clientes. Por isso, tenho certeza de que o tema terá destaque nas discussões da próxima edição da feira”, afirma Michael Fine, gerente da Anufood Brazil.

Vantagens da digitalização

Além de segurança e agilidade nos processos no foodservice a digitalização traz maior conhecimento ao cliente, o que possibilita a criação de estratégias para a melhoria da experiência com a marca. De acordo com Fernando Blower, esses impactos são duradouros, pois quebram barreiras, tanto do lado de clientes que tinham resistência a aderir a processos digitais, quanto dos estabelecimentos, que entenderam a necessidade e descobriram processos mais simples e acessíveis.

Nos últimos tempos, ainda segundo Blower, o setor de alimentação fora do lar foi obrigado a acelerar os investimentos em digitalização para superar os problemas causados pela pandemia do coronavírus.

O Grupo Trigo, que recentemente adquiriu as marcas China in Box e Gendai, investe pesado em digitalização, com foco principal no consumidor final, informa o diretor Carlos Sadaki Kaidei. As marcas China in Box e Gendai, além de aplicativo próprio para entrega, utilizam recursos pelo WhatsApp, totens de autoatendimento (nas lojas físicas), site próprio para o e-commerce, entre outros. “Não se pode ficar somente no marketplace, tem de ter outros canais de vendas”, resume o diretor.

De acordo com o executivo, a ideia é expandir a digitalização cada vez mais, sempre em um processo contínuo de aperfeiçoamento. O uso maior das redes sociais e aplicativos de celular no balcão físico para agilizar a retirada do pedido são alguns exemplos dos próximos passos do grupo.

Carlos Kaidei dá um exemplo do que significou o processo e o crescimento da digitalização das marcas nos últimos anos. “Antes tínhamos 100% dos pedidos de entrega feitos pelo telefone, hoje esse percentual caiu para 15%, o restante é todo digital.”

Imagem: Bigstock

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