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Diretora-executiva do Instituto Foodservice Brasil debate desafios e particularidades do setor

Liderança feminina: foi aos 11 anos que Ingrid Devisate, diretora-executiva do Instituto Foodservice Brasil (IFB), teve o primeiro contato com o segmento. Tudo começou quando seu pai foi transferido para Sorocaba, no interior paulista, onde passou grande parte da infância e adolescência. Aproveitando os atributos culinários da esposa, ele abriu a Confeitaria Düsseldorf, nome dado em homenagem à cidade da família. Assim, a atual diretora começou a trabalhar junto com os quatro irmãos e a trilhar sua história no mercado dedicado aos bares e restaurantes de todo o Brasil.

Entrevistada por Simone Galante, fundadora e CEO da consultoria Galunion, numa websérie que destaca a liderança feminina, a empresária compartilhou um pouco de sua trajetória profissional, contou que são suas inspirações e deu dicas às mulheres que querem trilhar um caminho de sucesso.

“Meu primeiro contato com o segmento foi quando eu era nova, em um negócio familiar. Comecei a me desenvolver, ter contato com fornecedores e relacionamento com os clientes, entender como funciona uma administração. Sou graduada em Publicidade e Propaganda. Após esta primeira experiência, depois de ter feito outros cursos de extensão e tendo trabalhado em outras empresas, me matriculei em uma escola em Chicago, nos Estados Unidos, onde fiquei por dois anos, estudando e trabalhando no Giordano’s”, explica Ingrid.

Ao descobrir um câncer de mama, um dos primeiros desafios enfrentados por ela, a executiva retornou ao Brasil para um ano de sessões de quimio e radioterapia. “Nunca parei de trabalhar e tinha vontade de atuar em São Paulo, na Avenida Paulista mais especificamente. Fui chamada pela Gouvêa de Souza, atual Gouvêa Ecosystem, para trabalhar na área de Inteligência de Mercado. Passados sete meses cuidando de empresas importantes do varejo, fui convidada pelo Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da empresa, para assumir a área de foodservice do grupo“, revela.

Ainda segundo a executiva, durante os congressos e eventos, sempre surgia o debate sobre a dificuldade que o setor sofria, da falta de legitimidade, de representatividade e da necessidade de formalização.

Nascimento do IFB

Tudo isso fez com que Ingrid encarasse o maior desafio da vida dela: a fundação do IFB ao lado de outros líderes. Entre as principais dificuldades iniciais, estava fazer o go to market de um instituto que congregasse todos os elos da cadeia, como fornecedores de produtos, de serviços e operadores de redes. A missão principal era colocar concorrentes juntos trabalhando em prol de um bem maior e em benefício do consumidor.

“O principal pilar do IFB é a inteligência de mercado, pois somos um provedor e compartilhador de dados do setor. O início foi desafiador, pois ninguém tinha dados na época e os que tinham não compartilhavam. Hoje, com a ajuda de parceiros e de associados, conseguimos criar o índice de desempenho do foodservice, com dados sobre uma evolução de vendas, ticket médio, além de outras informações de delivery, ponto de vista do consumidor, share de categoria e marca, entre outros. É um grande orgulho fazer parte deste projeto”, exalta.

Quando questionada por Simone Galante sobre como foi se tornar uma líder feminina neste segmento, Ingrid afirma que é importante desmitificar o conceito de ser mulher na liderança. Em sua experiência profissional, a executiva teve de provar seu valor e trabalhar em dobro. Diante disso, ela se inspira em muitas mulheres e maravilha-se com o legado que tais pessoas podem deixar para a sociedade, o “algo a mais” que se pode fazer para mudar a vida de alguém.

Uma das mulheres que Ingrid mais admira é Yanar Mohammed, cofundadora e presidente da Organização para a Liberdade das Mulheres no Iraque. Esta arquiteta, de 61 anos, sofreu problemas com a discriminação e construiu abrigos e casas de segurança para ajudar mulheres vítimas de violência, ganhou vários prêmios e é uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.

“Para quem busca cargos de liderança, é essencial manter uma visão ampla dos seus objetivos. Trabalhar, se dedicar, ter este foco na vida: aonde você quer chegar, o que você precisar fazer para chegar lá e o que você precisa estudar e aprender. Além disso, nunca deixar de ajudar ninguém, ser sempre solidária, estender a mão para quem for, especialmente se for uma mulher. Tenham sempre força e, se não tiverem, busquem em quem tem, se inspirem nos melhores exemplos. Estudem, trabalhem. Queremos perpetuar a liberdade que temos. Por isso, pensem sempre para frente”, finaliza.

Confira o bate-papo na íntegra:

Foto: Reprodução

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