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Consumo pós-pandemia: Vapza alavanca as vendas no varejo

É inegável que a pandemia trouxe mudanças significativas para o mercado varejista. Mas se para algumas empresas o momento é de recuar, para outras é hora de sair na frente. Em crescimento no varejo alimentício, a paranaense Vapza é uma delas.

De olho nos novos hábitos de consumo pós-pandemia, a empresa conseguiu quase que triplicar as vendas no varejo logo no início da quarentena.

Além de reforçar o e-commerce, a marca passou a oferecer cookbooks com receitas assinadas por chefs e destacou os atributos de seus produtos em uma campanha criada em parceria com a RPC.

Segundo Enrico Milani, CEO da empresa, as pessoas estão procurando entender mais sobre o que elas consomem e buscando mais informações. “Acho que cada vez mais as empresas vão ter que ser mais transparentes e contar um pouco mais sobre a história do produto e não simplesmente botar um produto na gôndola para vender”, explica.

Confira a entrevista com o executivo:

Como a Vapza vem se adaptando à pandemia, um momento tão delicado para o mercado?

Nós adotamos várias práticas desde o início da pandemia. Hoje, a gente atende no varejo e foodservice – neste segundo nós tivemos uma queda muito grande, porém, no varejo um crescimento bem significativo.

Com a pandemia, fizemos uma reestruturação interna para focar nesses segmentos. A ideia foi buscar oportunidades que conseguiríamos aproveitar nesse novo momento.

Como a Vapza vem trabalhando para ir de encontro aos novos hábitos de consumo pós-pandemia?

Por mais que a gente já venha trabalhando isso ao longo dos anos, nosso produto é um conceito diferente. É diferente do que comprar um produto enlatado ou congelado. É embalado a vácuo e depois cozido e esterilizado, sem conservantes e aditivos.

Esses são os principais pontos que a gente tenta passar para o consumidor. Que ele tem um produto saudável, apesar de ser um produto industrializado e ficar fora da geladeira.

Nosso produto é muito prático para as pessoas. Muita gente não tem panela de pressão em casa, não tem tempo ou não sabe cozinhar. Então, a gente entrega o benefício de dar uma refeição praticamente pronta para o consumidor.

É claro que para preparar receitas com produtos Vapza você precisa dar um toque, botar um tempero, esquentar… Mas, a parte mais difícil que é cozinhar, descascar e desfiar, a gente já entrega como vantagem para o consumidor.

Você percebe que atingiram novos públicos consumidores?

Sim. Pelo Brasil inteiro a gente vem notando um crescimento das vendas não só no varejo, mas também no nosso canal digital. Vemos muita gente que não conhecia o produto passando a percebê-lo como alternativa. Um movimento que segue crescendo.

Como vem sendo o crescimento da Vapza este ano?

Nossos produtos tiveram um boom em março, quando as vendas no varejo aumentaram quase três vezes. Se você olhar para os números, vai ver que eles caíram um pouco em abril, mas voltaram aos patamares de março já a partir de maio, junho e julho. Essa retomada veio com o inverno, uma época que tem uma sazonalidade positiva para os nossos produtos.

A que você atribui esse crescimento?

A vários fatores. Nós trabalhamos, ao longo desse período, a nossa distribuição e o nosso mix de produtos. Então, hoje, a gente consegue levar uma solução em proteína, vegetais e grãos. É praticamente uma refeição completa. E a nossa distribuição pelo Brasil também melhorou bastante.

Chegamos praticamente a todos os estados e as principais redes de varejo do país têm os nossos produtos. É um trabalho que a gente vem fazendo nos últimos anos e que nos mantém preparados para situações inesperadas como a pandemia.

Quais as principais mudanças que você percebe que vieram para ficar, no setor de alimentação?

Vejo que muitas pessoas que não tinham o hábito de comer em casa e preparar sua refeição começaram a fazer isso. Algumas por receio de pedir delivery ou sair para restaurantes. Acho que essas são algumas mudanças que vieram para ficar.

Mesmo depois que o Brasil tiver acesso à vacina e a pandemia passar, acredito que são hábitos que vão se manter.

Para muitas pessoas cozinhar virou um hobbie, uma diversão em casa. Eu, por exemplo, fiquei todo o feriado em casa e só pedi comida uma vez. O restante do tempo fiquei com a família, cozinhando e encontrando outras formas de entretenimento.

E a Vapza atende aos novos hábitos de consumo pós-pandemia, inclusive, com a oferta de cookbooks com receitas…

A gente faz um trabalho com alguns chefs não pensando apenas em vender os nossos produtos, mas em ensinar e dar ideias. Queremos mostrar para o consumidor que tipos de receitas pode fazer e como aplicar nossos produtos.

Um dos intuitos de criar os cookbooks foi justamente para despertar a criatividade das pessoas que estão em isolamento social.

Quais os resultados dessas ações? Você acredita que, além de ajudar a atrair também tendem a fidelizar o consumidor?

Com certeza, aproxima muito mais o consumidor da marca. Com ações digitais e a oferta de informações nós não vamos simplesmente vender o produto, mas explicar como funciona e por quê.

Os produtos da Vapza têm várias certificações, de segurança alimentar e inclusive internacionais. Temos produtos orgânicos, uma linha de produtos veganos e todos os nossos produtos são sem glúten. Esses são alguns exemplos de informações que o consumidor tem procurado mais hoje. O público consumidor está muito mais atento.

Do início da pandemia para cá, o que mais chamou a sua atenção em relação ao mercado e qual é o aprendizado que fica?

Acho que hoje as pessoas estão procurando mais. Estão buscando entender mais sobre o que elas consomem e buscando mais informações.

Cada vez mais as empresas vão ter que ser mais transparentes e contar um pouco mais sobre a história do produto e não simplesmente colocar na gôndola para vender.

Acredito muito que todo trabalho que é feito para trás também deve chegar ao consumidor de alguma maneira para que ele saiba que está consumindo um produto seguro, certificado e higienizado.

Fonte: RPC (clique aqui para conferir a matéria original)

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