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Brasil é mercado-chave para a McCain mesmo em tempo de pandemia

Entregar batata frita crocante na casa do consumidor virou o desafio de muitos restaurantes e lanchonetes que nunca tinham trabalhado com o serviço de delivery antes da pandemia de Covid-19. Mesmo entre os que já faziam isso, melhorar a qualidade e apresentação do produto se tornou primordial para que o cliente não se esquecesse da experiência que estava acostumado a provar no salão. Para a multinacional McCain, que havia lançado um produto específico para delivery um ano antes de se ouvir falar em Covid-19, a McCain Sure Crisp, essa foi também uma oportunidade de se aproximar dos operadores de foodservice no Brasil.

“Somos uma empresa que tem como essência o foodservice, tanto o operador ‘raiz’, autônomo, quanto as grandes cadeias, e todos foram surpreendidos no começo da pandemia, entre março e abril de 2020.  Naquele momento de situação muito crítica para os operadores, em que muitos estavam numa situação financeira difícil, vimos que tínhamos a obrigação de ajudá-los. Afinal, se a gente estava em uma situação complicada, os restaurantes estavam mais ainda”, recorda a diretora de Marketing e Trade Marketing da McCain, Victoria Gabrielli.

Uma das iniciativas da empresa,  líder do setor de batatas pré-fritas congeladas, foram as rodadas de doação de produtos McCain Sure Crisp para donos de restaurantes. “Menos de 50% da base de restaurantes tinha o delivery implementado, e todo mundo teve de sair atrás de fazer isso, porque, por muito tempo, essa foi a única fonte de renda. Por uma feliz coincidência, tínhamos lançado produto um ano antes e vínhamos desenvolvendo a categoria. Assim, tivemos um boom relevante na pandemia. Para nós esse portfólio, que representava 15% do canal foodservice antes da Covid-19, hoje representa 30%.”

Brasil é mercado-chave para a McCain mesmo em tempo de pandemia
Victoria Gabrielli, diretora de Marketing e Trade Marketing da McCain

A empresa também formulou uma cartilha para ajudar os operadores que não tinham delivery a implementar a operação. De forma simplificada e didática, o material mostra que os produtos para entrega na casa do cliente devem ter características específicas, assim como suas embalagens.

“Não adianta ter o mesmo portfólio do salão para trabalhar no delivery, porque isso gera frustração. Ele não pode colocar a batata numa embalagem 100% de isopor fechada, porque ela vai murchar. Mesmo que o operador não compre uma embalagem dedicada para o delivery, existem formas de ele fazer uma entrega melhor, usando uma embalagem de cartão, por exemplo, com furinhos para o ar escapar”, ensina Victoria Gabrielli. “Também é importante não colocar a bebida do lado e sempre usar um guardanapo para envolver a batata. São diversas dicas que podem ser usadas do restaurante mais sofisticado ao mais simples”, continua, citando orientações presentes na cartilha digital (o material pode ser acessado gratuitamente; para isso, clique aqui).

A diretora de Marketing e Trade Marketing conta que mercados em que o delivery e o drive-thru já estavam mais evoluídos, como os Estados Unidos, sofreram menos o impacto das restrições impostas pela Covid-19. No Brasil, assim como em outros países da América Latina, houve uma correria inicial atrás de modernização e, depois, uma estabilização.

Para ela, o delivery, que vinha crescendo de forma mais lenta por meio dos superapps – muito por causa da maior procura pela conveniência -, deve permanecer em alta. “Acho que o modelo vai continuar ‘voando’ e vai dar um salto forçado, porque ainda existe muita oportunidade no Brasil, que ainda não é um mercado super estabelecido nesse sentido.”

Até por isso, a aposta da McCain no País é grande. “A volta de 100% ainda leva tempo. A pandemia foi um choque para os pequenos operadores e para algumas redes também. Fora a questão da renda: para o consumidor sair de casa com a família e arcar com o tíquete do almoço em um país em recessão, é complicado. Mas o Brasil tem muitas oportunidades, porque o mercado não é totalmente desenvolvido. Quando o País começar a gerar um pouco mais receita, mais renda, acho que a economia volta e continua crescendo”, diz.

A empresa está construindo uma fábrica na cidade de Araxá, em Minas Gerais, que deve ficar pronta em no máximo um ano. Inicialmente, a unidade vai servir para abastecimento interno – hoje, 95% dos produtos vêm da Argentina e da Europa. A área de construção é grande o suficiente para que abrigue futuras expansões, eventualmente até passando a abastecer outros mercados. “A McCain vê que o Brasil é um grande mercado mesmo em contexto de pandemia, por isso esse investimento foi para a frente e a construção da fábrica está a todo vapor.”

Por Aiana Freitas
Imagens: Divulgação

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