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Apesar de recuperação lenta, o Foodservice é uma oportunidade para indústria de FLV

O segmento de foodservice designa todas as atividades referentes à alimentação fora do lar, que, por sua vez, abrange toda a produção e distribuição de insumos e alimentos que têm o consumidor final como destino. Considera?se Food Service também a refeição adquirida pronta para ser consumida no lar ou local de trabalho. Sendo assim, dentro da cadeia de Food Service estão inclusos produtores e fornecedores, distribuidores e operadores, como restaurantes, padarias, lanchonetes e afins.

O setor de Foodservice é um dos que mais tem sofrido com a pandemia, afetando diverso de seus fornecedores. Por essa razão, a PMA Brasil, entidade global que representa o setor de FLV, reuniu líderes desse segmento para debaterem sobre a importância e futuro do Foodservice para a indústria de frutas, legumes e verduras

Lionel Bardin, diretor da Rijk Zwaan Brasil e conselheiro da PMA Brasil, atou como Moderador do evento e ressaltou que as pesquisas do PMA mostram que a indústria do FLV tem potencial crescimento como fornecedor do Foodservice. “Esse mercado nos Estados Unidos é cinco vezes maior que o Brasil e o novo comportamento do consumidor, pelo alimento saudável, é uma oportunidade para o FLV”.

A mesma opinião tem Fernando Giansante, CEO da Grano Vegetais Congelados, uma das maiores empresas de congelados do Brasil, que diminuiu o impacto da queda no Foodservice, ampliando performance no varejo. “O FLV cresceu 11% de 2014 a 2018 e tem penetração em 35% dos lares. Há muito a crescer com as famílias em casa e a decisão de consumir alimentos saudáveis. O produto congelado é minimamente processado e o poder de recompra dos vegetais congelados é alto depois que o consumidor testa, identifica a qualidade e a conveniência de preparo. Notamos que a oferta, no caso da Grano, aumenta 20% ao ano. Para atender o setor de Foodservice, por exemplo, o FLV tem a oportunidade para suprir as demandas dos refeitórios de empresas e hospitais, pois nem todos podem realizar o home-office”.

O presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), Ely Mizrahi, diz que o FLV é importante e que a tendência da saudabilidade se potencializou com a pandemia. “Estamos construindo uma relação com FLV semiprocessado e congelados, porque no médio prazo a operação do restaurante vai investir mais nesses produtos, usando tecnologia e pouca manipulação. Percebemos um interesse muito grande no desenvolvimento de soluções e novos modelos de atendimento. Nosso desafio é alinhar a cadeia para conquistar eficiência com preços competitivos, com menor perda, maior qualidade e inclusão de tecnologia de startups. A oportunidade é enorme, estudar como a cadeia fica mais enxuta e integrada para ampliar a presença no Foodservice para atender essas pessoas que buscam produtos saudáveis”, ressaltou.

Mas como a indústria de FLV se adaptou à crise do foodservice? Fernando Campanha, CEO do Grupo Campanha, o líder na produção e distribuição de verduras fresh cut no Brasil, acredita que cadeia de FLV conseguiu melhorar os players para distribuição, com logística mais adequada, e o setor mudou rapidamente as táticas comerciais: “Quando chegou a pandemia, nossa estratégia foi alterar o foco do Foodservice, que diminuiu até 60%, para o varejo com ações para ampliar o consumo. Os produtos embalados tiveram aumento expressivo pela vantagem de natural, higienizado e embalado com toda segurança alimentar, com custo justo e reconhecido pelo consumidor. No caso do Grupo Campanha, a questão da higienização foi intensificada em processos mais rígidos e contratamos uma empresa para auditar a segurança dos alimentos. Atuamos, também, em plataformas de e-commerce para consumidor direto e ativamos ação com o varejo para incentivar o consumo”.

Olhando o cenário atual, o Foodservice enxerga recuperação para 2022, pois toda cadeia depende de emprego e renda, além do novo comportamento do consumidor. “Hoje temos variáveis que passaram a ser analisadas, como os protocolos de retomada, com distanciamento de mesas e horários diferenciados de atendimento de restaurantes de rua e shoppings, como em São Paulo que representa 37% do setor, e o fechamento de muitos estabelecimentos, como de pequenos restaurantes que representam 81% do mercado. Outra variável é o comportamento ao consumidor.

Como será o retorno do homeoffice? O cliente vai voltar a ter confiança e frequentar restaurantes? Culturalmente, o brasileiro gosta de interação e sair com amigos, mas o conceito híbrido de trabalho vai determinar as perspectivas do nosso setor. O FLV, no segmento Foodservice, é importante com compras de pelo menos três vezes por semana, mas é um setor muito fragmentado, com pequenos produtores atendendo operadores independentes. O desafio é construir uma estruturação da cadeia de valor, principalmente na distribuição e a escalabilidade para maior eficiência”, analisa Ely Mizhari, presidente do IFB.

O PMA Talks Brasil é um fórum de debates e análise do mercado de FLV, com o objetivo de discutir soluções, trocar experiências e contribuir para o crescimento do setor. Os encontros digitais de 27 de agosto foram patrocinados pelas empresas: UPL, Vegetais Saudáveis e Nortefruit.

Foto: reprodução

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