A Tesla pode estar finalmente se preparando para entrar no negócio de restaurantes, uma ideia que o CEO Elon Musk e outros executivos têm discutido publicamente desde pelo menos 2017.
A empresa solicitou três novas marcas registradas que cobrirão as categorias de “serviços de restaurante, serviços de restaurante pop-up, serviços de restaurante self-service e serviços de restaurante para viagem”, de acordo com o pedido feito junto ao Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. A proposta deve ser analisada até 27 de agosto, segundo o site Tech Crunch.
Em 2017, o então CTO JB Straubel disse em uma conferência de tecnologia de restaurantes que a empresa poderia entrar no ramo. A ideia era transformar as estações de carregamento de veículos elétricos em lojas de conveniência. A Tesla experimentou uma versão reduzida dessa ideia criando lounges, como como aquele feito em sua estação em Kettleman City, na Califórnia.
O CEO da Tesla, Elon Musk, então expandiu a ideia da loja de conveniência e lançou no Twitter um conceito de restaurante. “Vamos criar um drive-in no modelo antigo, com patins e rock, em um das novas estações Tesla Supercharger em Los Angeles.”
A Tesla chegou a fazer alguns movimentos nesse sentido, mas tem ficado a maior parte do tempo sem falar do assunto. A empresa, que recentemente dissolveu sua equipe de comunicação, não respondeu aos pedidos de mais informações sobre os planos de abrir uma estação de recarga com restaurantes, ou se outros restaurantes poderiam usar o logotipo para criar um modelo de negócios semelhante.
O icônico logotipo “T” da Tesla foi apresentado, agora, para ser uma marca registrada para uso em restaurantes. A empresa também solicitou o uso da própria palavra “Tesla”.
Esta não é a primeira vez que a indústria de restaurantes e a indústria automobilística se encontram. O Guia Michelin foi originalmente compilado em 1900 pelos irmãos André e Edouard Michelin, com o intuito de gerar demanda por automóveis e, portanto, pelos pneus que fabricavam. Eles criaram, então, um guia indicando restaurantes e hotéis, além de mecânicos e postos de combustível, para que as pessoas se sentissem encorajadas a usar a então recém descoberta forma de mobilidade.
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