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Relp! realiza primeiros testes de entrega de comida por drones no Brasil

Faz algumas semanas que a Relp! Aceleradora de Restaurantes, em parceria com a Speedbird Aero, realizou o primeiro vôo analítico de entrega e delivery de comida por drone autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Força Aérea Brasileira (FAB).

O drone, que partiu no dia 19/06 do Parque Ecológico do Tietê em direção à um condomínio residencial no bairro Alphaville, em Santana do Parnaíba (SP), percorreu uma distância de 1,2 quilômetros, carregando uma caixinha térmica contendo um pedido do açougue vegano NoBones. A viagem, que durou aproximadamente 8 minutos, foi finalizada com o auxílio de um courrier (bicicleta elétrica) que completou os últimos metros até a casa do cliente dentro do próprio condomínio. Confira aqui!

Apesar do sucesso da operação, novos testes supervisionados devem ser realizados a fim de coletar mais dados e reduzir os riscos e incertezas sobre este tipo de equipamento, como falhas de software e hardware, colisões entre drones e pássaros e também a perda do sinal da aeronave.

Segundo dados da ANAC e do DECEA, o Brasil apresentou, no último ano, um crescimento de 100% na quantidade de solicitações de cadastros de drones para uso profissional, implicando, consequentemente, no aumento do número de solicitações de vôos – um salto de 13 para 80 mil, quando comparado ao ano anterior.

Como resultado, o país registrou quatro casos de fechamento de aeroportos ocasionados por aeronaves não tripuladas, no mesmo período. O aeroporto de Congonhas (SP), por exemplo, chegou a ser fechado por uma hora, causando um prejuízo estimado de R$ 1 milhão, segundo a ABEAR (Associação Brasileiras das Empresas Aéreas).

Segundo o fundador da SMX Systems, Samuel Salomão, é preciso conhecer e seguir as regras estipuladas pela ANAC para fazer um vôo com segurança. Também é preciso enviar com antecedência um plano de vôo para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para que seja aprovado. “Antes de decolar, nós enviamos um plano de vôo para a aeronáutica. Uma vez autorizado, o piloto precisa seguir essas orientações de trajeto”, explica Salomão. 

“Por ora precisamos sobrevoar apenas áreas não habitadas para testar a fadiga dos drones. Imagina se um pássaro se choca ao drone e ele cai sobre um automóvel ou até uma pessoa? Estamos trabalhando diretamente com a ANAC e a FAB para tornar esse tipo de serviço oficialmente disponível no Brasil”, completa.

Também é preciso enfatizar que os drones utilizados com a finalidade de transporte precisam de uma estrutura mais robusta e, por isso, são diferentes daqueles que podem ser comprados pela internet. O modelo utilizado nos testes feitos pela Relp! tem cerca de 1,5 metros de diâmetro, pesa 9 kg e tem uma autonomia de 10 km com apenas uma carga de bateria, podendo transportar até dois quilos de carga em um raio de até cinco quilômetros. 

Atualmente, a entrega de delivery de comida é transportada por motos e bicicletas, em sua maioria. A esperança é que esses drones ajudem, inicialmente, a reduzir o tempo de entrega e a qualidade dos serviços em alguns casos específicos como atravessar rios, lagos e locais de tráfego intenso de veículos.

“A Relp! é uma das especialistas do mercado quando se trata de gestão de restaurantes. O serviço de delivery por drone visa manter a qualidade da entrega de alimentos, mitigando riscos em relação ao last mile terrestre”, afirma Pedro Curcio, sócio e diretor de logística da companhia.

“Ainda é muito incipiente e este foi apenas o primeiro vôo para coletarmos dados e analisarmos de forma mais detalhada para recomendar possíveis pontos de melhoria. A SpeedBird está trabalhando fortemente com a ANAC e FAB para tornar isso possível”, finaliza Lucas Sauaia, head de BI da Relp!.

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