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PepsiCo anuncia metas para práticas agrícolas até 2030

A PepsiCo anunciou que investirá R$16,5 milhões nas comunidades brasileiras por meio de projetos de impacto social até 2022.

A empresa de alimentos e bebidas PepsiCo anuncia suas metas globais para impulsionar a Agricultura Positiva. O objetivo é atingir 100% de suas matérias-primas produzidas de forma sustentável até 2030 e ampliar para 7 milhões de acres (área que corresponde a 2,83 milhões de hectares, ou aproximadamente 4 milhões de campos de futebol) sua área de cultivo de safras e matérias-primas com práticas de agricultura regenerativa em todo o mundo. Além disso, com as iniciativas de uma agricultura positiva, também se estima a redução de pelo menos 3 milhões de toneladas de emissões de GEE (gases do efeito estufa) até o fim da década.

Para o presidente da PepsiCo Brasil Alimentos, Alexandre Carreteiro, a Agricultura Regenerativa é a grande aposta global da empresa na gestão de sua cadeia de abastecimento. “É urgente o compromisso de grandes players como a PepsiCo para uma mudança efetiva nas práticas nos campos, garantindo um equilíbrio cada vez maior entre a produtividade e a sustentabilidade”, afirma.

Segundo o executivo, a empresa trabalha, por meio do Programa de Agricultura Sustentável (SFP), com agricultores em todo o mundo para implementar e escalar uma série de práticas agrícolas sustentáveis e regenerativas. “Somente no Brasil, são 110 produtores agrícolas de batata e coco envolvidos no programa. Mas sabemos que a próxima década é crítica para o desenvolvimento de um sistema alimentar mais sustentável, resiliente e inclusivo, portanto, nos juntamos a esse esforço global e já implementamos diversas ações de agricultura regenerativa, bem como, definimos metas ambiciosas, mas tangíveis para os próximos dez anos”, afirma.

Restauração de ecossistema

O anúncio das metas contempla um conjunto de práticas que melhoram e restauram os ecossistemas enquanto criam resiliência. As ações incluem melhorar a saúde do solo; sequestrar carbono e reduzir suas emissões; melhorar a saúde das bacias hidrográficas; proteger a biodiversidade e fortalecer os meios de subsistência dos agricultores. As metas globais são:

  • Espalhar a adoção de práticas agrícolas regenerativas em mais de 7 milhões de acres (ou 2 milhões e 832 mil hectares ou 2,83 milhões de hectares) de áreas produtivas no mundo, até 2030, o equivalente à toda pegada agrícola da empresa no mundo.
  • Tornar todas as matérias-primas da PepsiCo 100% de origem sustentável até 2030.
  • Melhorar os meios de subsistência de mais de 250.000 pessoas em sua cadeia de abastecimento agrícola e comunidades, incluindo empoderamento econômico das mulheres. A PepsiCo concentrará seu trabalho nas comunidades agrícolas mais vulneráveis ligadas à sua cadeia de valor global, incluindo pequenos agricultores e trabalhadores agrícolas, mulheres e agricultores minoritários.

110 produtores parceiros

Ao longo das últimas décadas, a PepsiCo vem realizando uma série de investimentos com o objetivo de tornar suas práticas agrícolas cada vez mais condizentes com os cenários de cada país em que atua.

Para isso, conta com tecnologia avançada em diversas frentes que, unida à expertise dos produtores parceiros, possibilita a adoção de iniciativas que buscam preservar e regenerar solos e ecossistemas. Para atingir estas e outras metas, a companhia fez aportes especialmente em tecnologia no processo de logística, sementes e armazenamento, no monitoramento dos campos de produção por satélite e drones, além da implantação de estações meteorológicas para monitoramento climático e manejo de irrigação.

A empresa conta com cerca de 110 produtores parceiros no Brasil, e três fazendas de demonstração, as chamadas Demo Farms, que servem como modelo de novas tecnologias de cultivo e de aplicação das práticas de Agricultura Regenerativa.

A PepsiCo é um dos maiores compradores de produtos agrícolas do Brasil – só de batata, são compradas por ano 122 mil toneladas (35% do volume total do mercado de batata destinado para chips), provenientes de produtores de 6 estados brasileiros – MG, SP, GO, PR, SC, RS. São aproximadamente 300 campos de produção de batata por ano.

Em toda a cadeia de batata, a PepsiCo gera 1.625 empregos diretos e 4.875 indiretos no Brasil. A Pepsico investe no programa de desenvolvimento de novas variedades de batata, buscando variedades mais adaptadas a condições tropicais brasileiras e resiliente à mudança climática.

Cultivo 100% sustentável

Os snacks de batatas do portfólio da PepsiCo, como Lay’s, Ruffles e Sensações, são desenvolvidos com batata de verdade, com processo do campo ao pacote que leva apenas 24 horas. No Brasil, a empresa já é referência na Agricultura de Nova Geração, com 100% de suas batatas produzidas de forma sustentável, marco conquistado no final de 2019.

Todos os produtores brasileiros de batatas que trabalham com a PepsiCo cumprem cerca de 175 requisitos do nosso Programa de Agricultura Sustentável, que segue rigorosos padrões internacionais sobre práticas sustentáveis no campo, por meio dos pilares de cuidado Ambiental, Econômico e Social.

Nos campos de batata, a companhia mantém uma equipe de 11 agrônomos e agrônomas para orientar e visitar os agricultores parceiros na busca de melhorias contínuas e trocas de experiências de sucesso, além de manter parcerias com órgãos de pesquisas, como a Embrapa.

Parceria de 30 anos

O Grupo Dzierwa (Contenda-PR), que planta batata com a Pepsico há três gerações, é o produtor parceiro mais antigo da companhia e sedia uma das Demo Farms de batatas no Brasil. Por intermédio da empresa, o Grupo Dzierwa teve contato com uma companhia israelense que utiliza um software de inteligência artificial para registrar por foto a incidência de pragas e doenças.

“Somos pioneiros na aplicação de novas tecnologias no cultivo de batata no Brasil e com essa parceria com a PepsiCo chegamos a um produto de melhor qualidade para a indústria e para o consumidor final. O que fazemos aqui impacta muitos outros produtores e gera melhores e mais sustentáveis práticas para toda a cadeia”, afirmou o produtor e agrônomo Alexandre Dzierwa, que faz parte da terceira geração da família no cultivo da batata.

Parte das batatas sementes da PepsiCo é produzida em sistema aeropônico, ou seja, sem contato com o solo. Esse sistema possibilita um ganho de até dez vezes no volume de batatas sementes e maior qualidade fitossanitária. A partir de todas estas boas práticas e do uso da tecnologia, a PepsiCo obteve um aumento de 30 a 37% de produtividade por hectare e uma redução em 25% de custo por tonelada produzida.

Economia de água

Em 2018, a PepsiCo teve a iniciativa de medir a quantidade de água limpa e potável usada das estações de beneficiamento que lavam as batatas para reduzir o desperdício. O resultado foi a redução de 60% do uso de água limpa, que representa cerca de 50 milhões de litros de água desde o início do projeto. Essa quantidade de água é suficiente para abastecer uma cidade de 65 mil habitantes por sete dias no Brasil ou encher 20 piscinas olímpicas.

Foram também realizados investimentos por parte dos produtores desse segmento para reduzir o uso de água limpa da natureza, tais como armazenar água de chuva, usar aspersores pressurizados, e criar um circuito fechado por tanques de decantação, reciclando a água de forma natural.

Os produtores parceiros no Brasil também vêm utilizando plantas forrageiras e a rotação de cultura na produção de batata.  São também utilizadas diversas técnicas para restaurar e devolver vida a diferentes tipos de solos, como manter o solo com uma cobertura vegetal na entressafra, evitando erosão.

A PepsiCo tem, entre suas metas, reduzir em mais de 40% as emissões absolutas de GEE (gases do efeito estufa) em toda a cadeia de valor até 2030. Além das iniciativas em Agricultura Regenerativa, para atingir essas metas a empresa aposta também na compra de veículos elétricos, veículos movidos a GNV e no uso de painéis solares para geração de energia nos caminhões.

Foto: Bigstock

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