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Nestlé inova com incentivos de qualidade a produtores e retira conservantes do leite UHT

A Nestlé, maior empresa de produtos alimentícios no mundo e com uma presença estimada em 99% dos lares brasileiros, anunciou a retirada de estabilizantes de seu leite UHT.

A medida vem na esteira de uma política corporativa que visa adequar-se às exigências crescentes dos consumidores em relação à saudabilidade dos alimentos de uma forma geral. Na última década o Brasil alcançou a quinta posição mundial no consumo de produtos alimentícios saudáveis, de acordo com pesquisa da Euromonitor International. Em 2017, 83% dos entrevistados se declararam dispostos a gastar mais para obter um alimento saudável, 79% buscaram substituir produtos da alimentação convencional por opções mais saudáveis, enquanto 22% optam por comprar alimentos naturais sem conservantes.

A Nestlé vem desenvolvendo um conjunto de iniciativas nos últimos anos sob o nome “Nestlé Vidas mais Saudáveis”, visando integrar esta tendência; a empresa clama ter reduzido, desde 2014, mais de 300 toneladas de sódio, 5 mil toneladas de gorduras saturadas, entre outros insumos sensíveis à saúde pública.

Em 2017, a Nestlé já havia anunciado o fomento à produção de leite orgânico no país e em fevereiro deste ano passou a pagar bônus a pecuaristas que forneçam leite sem lactação induzida por hormônios. No início do ano, a Nestlé também lançou sua primeira linha de produtos orgânicos no país e abriu um novo laboratório de controle de qualidade no Brasil, como parte do seu maior impulso na direção dos produtos naturais.

A companhia investiu R$ 140 milhões nos últimos cinco anos visando melhorar a qualidade do leite produzido por seus fornecedores no Brasil, entre projetos de assistência técnica aos produtores, treinamentos, dias de campo e programas de bonificação.

Os estabilizantes são compostos químicos, tais como o citrato de sódio e o monofosfato de sódio, usados antes da ultrapasteurização do leite, para que as características originais do produto sejam mantidas. Segundo a agrônoma Taissara Martins, gerente de qualidade e desenvolvimento de fornecedores de leite da Nestlé Brasil, no caso de leites com menor qualidade, o estabilizante é necessário para evitar a perda de proteína e a aparência de coalhado.

A agrônoma explica que a retirada do estabilizante dos leites longa vida foi possível graças ao padrão mais rigoroso cobrado dos produtores que fornecem leite cru à companhia. Entre essas exigências estão a coleta diária de leite em caminhões refrigerados, o pagamento pela qualidade do leite (a partir da contagem de bactérias e de células somáticas da matéria-prima), por volume e distância, por percentual de proteína e de gordura, os programas de incentivos a boas práticas na fazenda (BPF) e a assistência técnica aos produtores.

De acordo com a revista Valor, a empresa coleta 1,7 bilhão de litros de leite cru ao ano no país, sendo destinados 10% desse volume à produção de leite longa vida das marcas Ninho e Molico, que passaram desde setembro a ser ofertadas completamente livres de estabilizantes, informa a vice-presidente da área de bebidas da Nestlé no Brasil, Fabiana Fairbanks.

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