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Inteligência Artificial e o uso na construção de planos alimentares

O uso das tecnologias como complemento para serviços e trabalhos feitos pelos seres humanos está em constante crescimento. A tecnologia veio, juntamente com a Inteligência Artificial, de fato, para ficar, isso já sabemos, porém o uso que damos a ela é o que dirá o quão benéfica ela pode ser.

Para pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da USP, a tecnologia, mais precisamente a IA, está colaborando na construção de planos alimentares, facilitando o cotidiano do nutricionista.

Destrinchando a pesquisa da Inteligência Artificial

A IA pode ser aplicada de diferentes maneiras, a fim de resolver diferentes soluções. Especificamente para essa aplicação os pesquisadores do FoRC aplicaram uma técnica muito utilizada em jogos computacionais, conhecida como Máquina de Estado Finito.

 Essa técnica consiste na execução da ação até que o resultado almejado seja alcançado “Há uma série de regras e possibilidades de combinações de alimentos. A ferramenta gera diversos planos alimentares com base nessas regras, sendo capaz de compreender quais são as combinações corretas. Isso evita, por exemplo, que o sistema sugira arroz e feijão para o café da manhã” explica a nutricionista Kristy Soraya Coelho, pesquisadora do FoRC.

O artigo da pesquisa, divulgado no Journal Of Food Composition and Analysis, explica ainda que o sistema possui a capacidade de entender a composição química de cada alimento, assim como sua forma de preparo, no processo de tomada de decisão. 

Além de levar em consideração a sazonalidade de cada alimento que será sugerido, assim como características sensoriais de cada alimento, como cor, sabor e textura.

Ao gerar os planos alimentares, o sistema desenvolvido pelos pesquisadores levou em consideração uma distribuição adequada de cada macronutriente. Sendo assim os planos alimentares continham 60% de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de lipídios.

Os cuidados do sistema desenvolvido

No desenvolvimento do sistema, os pesquisadores tiveram o cuidado de implementar diversos mecanismos de cuidado, com o intuito de melhorar ainda mais o que está sendo criado.

Um exemplo notório dessa preocupação dos desenvolvedores é a inclusão as 4 etapas do Processo de Cuidados de Nutrição, definidas pela Academia de Nutrição e Dietética.

Esse processo avalia, no paciente, seu estado nutricional, diagnóstico de nutrição, intervenção da nutrição, monitoramento e acompanhamento.

“A ferramenta representa um grande auxílio na tomada de decisão do nutricionista, pois possibilita otimizar o trabalho da consulta. No entanto, a decisão final sobre a prescrição dietética sempre caberá a ele” Reforça Kristy

Boa avaliação nos testes

Quando testada, a ferramenta seguiu uma versão da TBCA, contendo dados de 2182 alimentos, totalizando 1800 preparações.

Para o teste, foram criados 15 pacientes fictícios, em boas condições de saúde, e a partir disso, foram criados 7 planos alimentares semanais, chegando a um total de 105 planos. 

18 nutricionistas especializados em nutrição clínica foram responsáveis pela avaliação do resultado. Em uma escala de 0 a 10 eles assinalavam o quanto concordavam com os planos criados pela ferramenta.
“O índice de aprovação foi de 89%, porcentagem considerada muito boa para uma ferramenta baseada em conhecimento, pois nem o especialista humano consegue acertar 100%. Os planos gerados conseguiram atender às preferências, recomendações nutricionais e a adequação quanto às porções e refeições”, afirmar Coelho

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