É muito comum ler em artigos, propagandas e redes sociais a seguinte frase: “é um restaurante de renome, com 3 estrelas no Guia MICHELIN”. Porém, sabemos que muitas pessoas não entendem qual o seu intuito, como funciona seu processo de avaliação e muito menos, como ele surgiu.
Pensando nisso, o IFB vai te responder todas essas perguntas e te mostrar como um restaurante que é bem avaliado no Guia MICHELIN é sinônimo da mais alta qualidade.
Continue lendo o artigo e descubra mais sobre a história deste Guia e da sua importância para o universo gastronômico, inclusive, para o Foodservice. Boa leitura!
O que é o Guia MICHELIN e como ele surgiu?
Ele foi criado em 1900 pelos irmãos franceses André e Édouard Michelin, que na época tinham uma empresa de pneus de bicicleta, mas queriam aproveitar a popularização do carro na Europa e começar a vender pneus para os donos de automóveis.
Como naquele momento poucas pessoas tinham condições de comprar um carro, eles não sabiam como chamar atenção do seu público e incentivar a compra dos seus produtos, e foi da
necessidade de divulgação e criação de demanda, que eles tiveram a brilhante ideia de criar uma espécie de “roteiro” para mostrar os melhores lugares para comer, beber e se hospedar nas cidades, com o intuito de fazer com que seus consumidores gastassem pneus ao viajar e tivessem em mãos a resposta de onde comprar novos.
Por 20 anos os Guias eram distribuídos gratuitamente, mas como uma forma de agregar valor, Andre Michelin começou a cobrar 7 francos por exemplar. E o que era para ser um conteúdo rico e atrativo, para induzir clientes a comprarem, virou de maneira inesperada, um verdadeiro guia de referência aos estabelecimentos que servem pratos da mais alta excelência.
Qual a importância do Guia MICHELIN para o universo gastronômico?
O Guia MICHELIN é basicamente uma maneira de medir a qualidade dos restaurantes pelo mundo. A partir da escala de estrelas (de um a três) ele determina a excelência dos estabelecimentos, o que é de suma importância para gerar reconhecimento aos profissionais da área e também aos restaurantes.
As famosas estrelas Michelin, que hoje são o objetivo de muitos estabelecimentos gastronômicos e o sonho de todos os chefs, só começaram a ser concedidas em 1926, inicialmente marcando apenas uma estrela. Somente em 1931, a hierarquia de uma, duas e três estrelas foi introduzida e continua em vigor até hoje.
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Como é feita a avaliação dos restaurantes?
Desde 1920, quando os irmãos Michelin começaram a cobrar pelo Guia, contrataram uma equipe de clientes ocultos, para visitar os restaurantes e dar suas opiniões sobre o atendimento, alimentação e ambiente.
Hoje em dia, esses clientes ocultos se tornaram inspetores de restaurantes e continuam sendo anônimos, a ideia é que a experiência do avaliador seja exatamente igual a de qualquer cliente. Caso o inspetor precise de alguma informação extra, ele só se identifica depois que a avaliação foi concluída e a conta paga, para não ter nenhum tipo de tratamento especial.
Após os inspetores irem até os restaurantes e avaliarem a experiência, os estabelecimentos com os melhores resultados vão para o Guia!
Resumindo
A história e relevância do Guia MICHELIN nos mostra que ter um restaurante vai muito além de fazer o básico, que o intuito é surpreender o cliente desde o atendimento, ambiente, qualidade dos alimentos e claro, pelo paladar.
Servir bem precisa fazer parte da cultura de todos os estabelecimentos que querem ocupar um lugar de destaque e ganhar a fidelidade do público, isso inclui desde os pequenos restaurantes, até os que já são renomados.
Se você gostou de saber mais sobre a história e a funcionalidade do Guia MICHELIN, compartilhe esse texto com pessoas do segmento do Foodservice e ajude-os a conhecer melhor essa “bíblia do universo gastronômico”.