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O futuro do foodservice pós pandemia

Muito se fala sobre o novo normal e como será a nossa rotina pós a pandemia de COVID-19 que o mundo todo enfrenta desde o início de 2020. 

E agora, com a vacinação avançando cada vez mais em todo o Brasil – e na grande maioria dos países ao redor do mundo – 2022 tem tudo para ser o ano em que finalmente poderemos estabelecer novos planos e pensar no futuro com mais otimismo.

Por isso, chegou a hora de falarmos sobre o futuro do setor de foodservice e o que esse “novo normal” reserva para a área como um todo.

Os efeitos da pandemia sobre o foodservice

Quando o assunto é o período de pandemia, não é novidade para ninguém que o setor de foodservice foi um dos principais afetados. Com as medidas de restrição e a prática de isolamento para ajudar a conter o vírus, milhões de estabelecimentos como bares, restaurantes, padarias e lanchonetes sentiram na pele os efeitos negativos dessa nova realidade.

Apesar desses estabelecimentos buscarem novas formas de continuar atendendo o público e, assim, conseguir enfrentar um momento tão desafiador como esse da melhor maneira possível, milhares de empreendimentos voltados para a alimentação fora do lar não tiveram êxito ao lidar com a pandemia e tiveram que fechar as portas nesses últimos dois anos.

Mas a verdade é que esse resultado poderia ser muito pior se não fosse uma peça chave  no enfrentamento desse período: o delivery.

A importância do delivery

Apesar de ser um fator presente há muito tempo no nosso dia a dia e facilitando – e muito – as nossas vidas, o delivery nunca foi tão essencial para a nossa sociedade quanto nesse período de pandemia.

Com as restrições e o isolamento social em vigor em todo o país e grande parte dos trabalhadores aderindo ao home office, os donos de estabelecimentos tiveram que se adequar ao momento para continuar vendendo.

E dada a situação, investir no delivery se mostrou ser a melhor – e até então única – opção para poder atender aos seus clientes e vender mesmo a distância. Isso fez com que o delivery se tornasse um importante aliado do setor.

Segundo uma pesquisa realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o delivery foi responsável por sustentar cerca de 75% das vendas do setor de foodservice durante o ano de 2020.

Isso só mostra a importância desse tipo de serviço para a nossa sociedade e que, sem a opção de delivery, a situação vivenciada pelo setor de foodservice de maneira geral poderia ter sido bem mais negativa do que realmente foi.

O futuro do Foodservice pós pandemia

Apesar de ainda vivermos sob a sombra de eventuais novas variantes – como a recentemente descoberta Ômicron – já é possível dizer que as expectativas em relação ao futuro do setor são otimistas. 

Com a população sendo vacinada e a rotina voltando ao normal, os donos de bares, restaurantes, padarias e lanchonetes já conseguem enxergar uma luz no fim do túnel. 2022 promete ser o ano em que o setor de foodservice vai ter a sua tão aguardada retomada depois de dois anos tão atípicos como 2020 e 2021.

Apesar da volta do atendimento presencial, o uso do delivery é uma modalidade que chegou para ficar e não deve perder tanto espaço. Com a popularização cada vez maior das plataformas e aplicativos de entrega, o serviço tem tudo para continuar em alta e presente na vida dos brasileiros

No entanto, apesar das estimativas otimistas, é necessário estar sempre atento ao comportamento do consumidor. Dessa forma, será possível adotar novas práticas e estratégias cada vez mais efetivas – e adequadas – para cada empreendimento e, assim, impulsionar ainda mais o negócio rumo ao sucesso. 

A ascensão das dark kitchens

As dark kitchens – espaços utilizados apenas para o preparo de alimentos para entrega e, na maioria das vezes, bastante utilizado por quem trabalha para aplicativos de entrega – vêm ganhando cada vez mais popularidade no mercado de foodservice.

Agora, com o mundo voltando ao normal e os bares e restaurantes voltando a operar com suas capacidades máximas, fica o questionamento: será que o conceito vai continuar sua ascensão em 2022 ou será esquecido conforme a sociedade for retomando a sua rotina do período antes da pandemia?

Em maio desse ano, o Instituto Foodservice Brasil (IFB) e a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), e com a consultoria Galunion, realizaram uma pesquisa e, através dos resultados, conseguimos ter um leve vislumbre de como será o futuro – até o momento, incerto – das dark kitchens.

Na pesquisa, 68% dos 650 responderam que, visando a lucratividade dos seus negócios, a reestruturação da cozinha tradicional como conhecemos pode sim ser repensada, abrindo espaço para as dark kitchens.

Graças ao custo operacional menor – e também para melhor atender as mudanças de comportamento do consumidor nesses últimos dois anos – essa opção tem tudo para se tornar um modelo de trabalho cada vez mais buscado pelos donos de estabelecimentos durante os próximos anos.

Foto: Unsplash

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