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General Mills cria programa para acelerar desenvolvimento de empreendedores negros

General Mills cria programa para acelerar desenvolvimento de empreendedores negros

A multinacional de alimentos General Mills, dona de marcas como Yoki, Kitano e Häagen-Dazs, anunciou o investimento de cerca de R$ 550 mil em um projeto de desenvolvimento de empreendedores(as) negros(as) do mercado de alimentos na Região Metropolitana do Recife (PE). O Fundo Baobá para Equidade Racial, dedicado exclusivamente à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil, é parceiro da iniciativa.

O edital do projeto “Negros, Negócios e Alimentação” tem como objetivo promover a ampliação das capacidades de planejar, gerir, inovar, ampliar ou estabelecer uma infraestrutura mínima para sustentabilidade dos negócios de empreendedores e empreendedoras negros(as), além de contribuir com a recuperação econômica daqueles que foram afetados pela crise agravada pela pandemia de covid-19. Podem participar microempresas, microempresas individuais e empresas de pequeno porte que atuam no ramo alimentício, como restaurantes, bares, cafeterias, docerias, etc.

As inscrições, que selecionarão doze empreendedores(as) para receber um aporte financeiro de R$ 30 mil para cada um dos escolhidos, vão até 15 de dezembro. Além do apoio financeiro para acelerar o crescimento dos participantes, o Fundo Baobá e a General Mills promoverão um programa de capacitação técnica para orientar que cada pequeno negócio se desenvolva e supere desafios. Os interessados devem preencher um formulário eletrônico disponível exclusivamente neste link. O processo de seleção contará com três etapas eliminatórias e o resultado final será divulgado no dia 18 de fevereiro de 2022, no site oficial do Fundo Baobá. Os escolhidos terão nove meses para executar os seus projetos e apresentar a prestação de contas ao8 final do período.

“Nosso objetivo é criar condições para que os empreendedores escolhidos conheçam a fundo os seus negócios e as suas capacidades a fim de gerar um impacto positivo em toda a comunidade, a partir da expansão dos seus empreendimentos e para que sejam, num futuro próximo, geradores de novos empregos por meio da ampliação de serviços, aumento das vendas e crescimento de antigas e novas relações de negócios”, reforça Patrícia Zebele, gerente de Relações Externas da General Mills Brasil. O projeto iniciará na Região Metropolitana do Recife com possibilidade de expansão futura para outras localidades do País.

No último ano, a General Mills assumiu publicamente o compromisso de ser um instrumento importante de mudança, reforçando um quarto pilar em suas prioridades sociais: avançar e promover iniciativas para equidade racial. Neste sentido, a empresa se uniu a outras representantes do setor de bens de consumo na assinatura do “Compromisso Público pela Equidade Racial”. O movimento busca usar o potencial das estruturas das empresas e marcas para acelerar mudanças efetivas em parceria com organizações e especialistas com conhecimento legítimo da causa, avançando em debates e, principalmente, em iniciativas práticas. Por meio de ações afirmativas que visam impactar o futuro e por meio de políticas a serem executadas no tempo presente, o movimento objetiva ainda criar oportunidades para o surgimento de lideranças negras e mais geração de renda e empregos.

Nos Estados Unidos, a empresa também assumiu o compromisso de dobrar o número de negros ocupando cargos de gerência e os gastos com fornecedores negros ou que façam parte de minorias, além de aumentar em 25% a representatividade de minorias internamente. No Brasil, além do MOVER (Movimento pela Equidade Racial), a companhia ainda definiu metas específicas para contratação e promoção de profissionais negros até 2025, para gerar diversidade também em cargos estratégicos.

Segundo o Fundo Baobá, o ramo alimentício está entre as 10 áreas de maior presença no mercado entre as pessoas negras que empreendem, porém, com a crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19, muitos pontos de venda fixos foram impactados negativamente, em especial, os negócios cujos donos eram mulheres. Para o projeto, serão priorizadas propostas que envolvam negócios fundados e geridos por negros situados em Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe, cidades que concentram 90% dos negócios do setor.

“O edital Negros, Negócios e Alimentação – Recife e Região Metropolitana, é uma oportunidade para fortalecer as estratégias de resiliência colocadas em prática por empreendedores(as) negros(as). Uma oportunidade para contribuir na recuperação ou aceleração de seus negócios e na ampliação de suas capacidades de planejar e fazer gestão, manter a saúde financeira, divulgar e estabelecer uma infraestrutura mínima para sustentabilidade do seu negócio; ampliar, inovar, qualificar a rede de fornecedores. Sabemos como o racismo opera e sabemos como ele se manifesta entre as pessoas que empreendem. Por isso acreditamos no potencial de transformação de mais esta iniciativa em prol da equidade racial para a população negra”, afirma Fernanda Lopes, diretora de Programa do Fundo Baobá.

Imagem: Shutterstock

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