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Consumo de alimentos saudáveis não diminui com redução das medidas de distanciamento

A intenção de manter hábitos alimentares saudáveis, observada no início do pandemia, não arrefeceu ante a melhora dos números de casos e mortes e a diminuição da adoção de medidas de distanciamento social. É o que indica o mais recente estudo Consumer Insights, da empresa de consultoria e pesquisa de mercado Kantar.

De acordo com o trabalho, no início da pandemia, 33% dos brasileiros disseram ter aumentado o consumo de legumes, verduras e hortaliças, e 67% planejavam manter o novo hábito no futuro.

Mesmo com a redução do distanciamento social, nas últimas semanas da pandemia, o consumidor parece manter essa disposição. No 2º trimestre de 2021, a busca por alimentos mais nutritivos e saudáveis voltou a ganhar relevância, especialmente nas horas do lanche, retomando níveis vistos no período pré-pandemia. Ocasiões com necessidade de saudabilidade cresceram 15% entre os brasileiros em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa tendência foi impulsionada principalmente pela adoção de dietas entre consumidores com idade a partir de 35 anos. A necessidade de um consumo mais saudável, vinculada à busca por alimentos mais nutritivos, foi liderada por lares com crianças e adolescentes de até 18 anos, com um aumento de 9,1% em ocasiões de consumo.

Mudança entre as classes sociais

Ainda de acordo com o trabalho, a percepção do conceito de saudabilidade muda entre as classes sociais. Enquanto nas classes AB a busca por uma alimentação saudável inclui consumo de frutas, saladas, legumes, nuts, granola e iogurte, nas classes CDE abrange arroz, feijão, cereais infantis, leite em pó e sucos/vitaminas caseiras. A alta dos preços dos alimentos também estimula hábitos mais saudáveis, como consumo de arroz, feijão e saladas.

O brasileiro tem consciência e preferência por uma alimentação mais saudável, mas o preço ainda é uma barreira ao consumo desse segmento para 35% dos consumidores, segundo o relatório Who Cares Who Does 2020, da Kantar. O fator renda x preço é a nova variável que vai afetar a velocidade e as escolhas mais saudáveis dos consumidores.

Com informações de Mercado&Consumo

Imagem: ShutterStock

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