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Subprodutos agroindustriais: Benefícios à saúde e fonte de desenvolvimento sustentável

Subprodutos agroindustriais são resíduos vegetais gerados pelas indústrias de alimentos. Anualmente, centenas de milhões de toneladas de subprodutos são gerados no mundo, os quais, se descartados incorretamente, podem causar danos ao meio ambiente. Contudo, estes subprodutos são geralmente ricos em compostos benéficos à saúde, tais como as fibras alimentares e os compostos antioxidantes.

A incorporação na dieta de fibras alimentares está relacionada com a redução do nível de colesterol no sangue, redução do risco de diabetes, obesidade, doenças do coração, doenças inflamatórias do intestino e com a regulação do trânsito intestinal. A ANVISA e a FAO recomendam uma ingestão diária de 25g fibra alimentar/dia.

O consumo de compostos antioxidantes associado a uma dieta balanceada está relacionado com a redução do risco de doenças como da obesidade, câncer, doenças coronárias, mal de Alzheimer, doença de Parkinson, dentre outras. Apesar de não haver um valor de ingestão diário mínimo recomendado, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) recomenda o consumo de pelo menos 5 porções ao dia de frutas ou cereais, sendo pelo menos metade destas composta por cereais inteiros.

O aumento na ingestão de fibras e compostos antioxidantes pode ser promovido pela adição de subprodutos agroindustriais na forma de ingredientes em produtos industrializados. Além dos efeitos benéficos à saúde, as fibras alimentares também possuem propriedades tecnológicas podendo ser empregadas na redução de sódio e gorduras e na substituição parcial da farinha de trigo, sem, contudo, afetarem de forma significativa a textura e o sabor destes alimentos, como é o caso de embutidos, cremes e produtos de panificação, dentre outros.

Em estudo realizado pela pesquisadora da Unicamp, Dra. Ludmilla de Carvalho Oliveira, o uso de farinha de trigo de grão inteiro na substituição parcial da farinha de milho em cereal matinal extrusado resultou em produto que, além de apresentar boas características tecnológicas, teve um incremento em fibra alimentar e ácidos fenólicos (com atividade antioxidante). Mais recentemente, o grupo de pesquisa do prof. Dr. Marcelo Cristianini, do Laboratório de Tecnologias Emergentes (LATEM – FEA – Unicamp), iniciou pesquisas que buscam explorar a aplicação de algumas tecnologias a fim de ampliar o aproveitamento de subprodutos agroindustriais na indústria de alimentos. Tais investigações reforçam o viés da pesquisa acadêmica voltado a atender às demandas do consumidor, acompanhar as exigências das políticas públicas e, consequentemente, as necessidades da indústria.

O aproveitamento dos subprodutos agroindustriais pela indústria de alimento é visto como uma alternativa promissora pela possibilidade de proporcionar alimentos mais saudáveis, reduzir o impacto ambiental e agregar valor a produtos, gerando novas fontes de renda, inclusive para pequenos produtores e cooperativas, e promovendo um desenvolvimento sustentável.

Fontes:

Baseado no estudo de Ricardo Belmiro

FAO – http://www.fao.org/docrep/004/Y2809E/y2809e0n.htm

Anvisa – RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003

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