A PepsiCo anuncia a meta de alcançar globalmente um impacto hídrico positivo até 2030 que vai permitir à companhia devolver para a sociedade mais água do que utiliza em seus processos produtivos, em especial nas regiões de grande escassez hídrica ao redor do mundo. Esse compromisso coloca a companhia entre as empresas de alimentos e bebidas – que operam em bacias hidrográficas de alto risco – mais eficientes em termos de gestão da água.
Aumentar o padrão de eficiência nessas instalações permitirá à PepsiCo reduzir seu uso de água em mais de 11 bilhões de litros por ano, o que representa 50% da quantidade de água que a companhia utiliza nesses locais. Em 2025, a PepsiCo também vai adotar o padrão da Aliança para a Gestão Sustentável da Água em todas as áreas de alto risco hídrico onde opera.
“O tempo está se esgotando para o mundo agir a respeito da água. A água não é apenas um componente fundamental do nosso sistema alimentar, é um direito humano fundamental. A falta de água limpa e segura em todo o mundo é um dos problemas mais urgentes que a nossa comunidade global enfrenta hoje”, avalia Jim Andrew, líder de Sustentabilidade da PepsiCo. “A escassez de água está diretamente ligada às mudanças climáticas e na PepsiCo acreditamos que um esforço global para alcançar um impacto hídrico positivo é essencial. Estamos focados em garantir que as pessoas em todo o mundo tenham acesso a este recurso natural e em certificar-nos de que estamos priorizando a gestão da água em todas as nossas operações.”
Novas metas vão guiar as ações operacionais da PepsiCo para a redução do uso e pelo reabastecimento das bacias hidrográficas locais com mais de 100% da água utilizada em instalações próprias e de terceiros em áreas de alto risco hídrico. Para alcançar um impacto hídrico positivo, a PepsiCo pretende proporcionar acesso à água potável a 100 milhões de pessoas até 2030.
Novo programa da Fundação PepsiCo
A Fundação PepsiCo também anuncia um novo programa, em parceria com a WaterAid, que contará com investimento de US$ 1 milhão – para levar água potável a famílias na África Subsaariana. Esse investimento vai permitir melhorar a infraestrutura hídrica na região, construir novos sistemas de fornecimento de água e instalações de saneamento equitativas, além de promover a educação para a higiene. O programa chega num momento crítico, em que a variante delta da Covid-19 se propaga pelo mundo e integra ações que vêm sendo realizadas pela companhia desde 2006 e somam US$ 53 milhões em investimento para a promoção de acesso à água em mais de 20 países e que já beneficiou mais de 59 milhões de pessoas.
Na América Latina, o programa da Fundação PepsiCo opera na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.
“No início da pandemia, aprendemos rapidamente que a lavagem das mãos e a higiene adequada são fundamentais para conter a propagação da doença. Porém, para milhões de pessoas em todo o mundo, o acesso à água continua sendo um luxo. Como resultado, milhões de vidas permanecem em perigo e, até que enfrentemos esta crise, a região continuará sendo especialmente suscetível a vírus como o da covid-19”, afirma C.D Glin, vice-presidente de Filantropia da PepsiCo. “Esta disparidade no acesso à água não só contribui para a gravidade da pandemia, como afeta muitas outras metas de desenvolvimento da região, incluindo a produção de alimentos, a igualdade de gênero, a resiliência climática e a diminuição da pobreza.”
A CEO da WaterAid América, Kelly Parsons, destaca a parceria da Fundação PepsiCo com a organização em três continentes. “Eles estão financiando programas essenciais, proporcionando flexibilidade para responder à pandemia e falando nitidamente sobre a importância do acesso à água potável para bilhões de pessoas que carecem dela. Estamos orgulhosos da parceria com a Fundação PepsiCo e comprometidos em fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para apoiar a meta da empresa de alcançar 100 milhões de pessoas até 2030. A aspiração da PepsiCo nos ajuda a chegar mais longe e a trabalhar com mais afinco em prol das pessoas que necessitam.”
Crise hídrica no Brasil
Com a forte escassez de chuvas nos últimos meses e uma matriz energética altamente dependente de hidrelétricas, o Brasil vive uma situação de desabastecimento preocupante em diversas regiões. Nesse cenário, recentemente, junto à PepsiCo Foundation, a PepsiCo Brasil anunciou um investimento social privado de R$ 16,5 milhões no País, em iniciativas de Prosperidade Econômica, Segurança Alimentar e de Acesso à Água, com o objetivo de impactar mais de 2 milhões de pessoas nos próximos dois anos.
Nesse último eixo, a companhia desenvolveu parcerias especiais por meio do apoio à Water.org e o Aquafund, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além do Banco do Nordeste, em projetos para o fornecimento de água para 52.000 pessoas no Nordeste do País. Além dessa ação, a PepsiCo mantém um projeto com a Habitat para a Humanidade para a instalação de estações de lavagem de mãos, reconstrução de banheiros, caixas d’água e outras melhorias estruturais para higiene em comunidades de São Paulo. Outro projeto desse pilar é encabeçado pela The Nature Conservancy e visa a restauração de aquíferos e recuperação de bacias hidrográficas brasileiras.
Com foco em economia de água, a PepsiCo também vem desenvolvendo uma série de iniciativas em suas fábricas no Brasil, que promoveram a redução de 3,57 L/Kg em 2015 para 2,05 L/Kg em 2020. Uma economia de mais de 599 milhões de litros no período de 2015 a 2020.
Na fábrica da PepsiCo em Itu (SP), existe ainda um complexo para reaproveitamento de água, pelo meio do qual já foram repotabilizados 162 milhões de metros cúbicos até 2020, o equivalente a 4 piscinas olímpicas por mês. Por meio de uma tecnologia pioneira no Brasil, a empresa economiza o total de 9.000.000 litros mensais, o que corresponde a 60% do consumo total da fábrica.
Em suas fazendas próprias e de produtores parceiros, o Agro da PepsiCo, por meio de sistema de manejo de água de irrigação na fazenda e fábrica de Kero Coco economizou mais de 420 mil metros cúbicos de água por mês. Na cultura da batata, já houve uma redução de 60% do uso de água limpa, cerca de 50 milhões de litros desde 2018. Essa quantidade de água é suficiente para abastecer uma cidade de 65 mil habitantes por 7 dias no Brasil.
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