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O consumidor e a demanda plant-based no foodservice

Em meados de 2019, as soluções plant-based, produtos à base de plantas, ganharam amplo destaque no Brasil. Nos anos 70 já existiam poucos produtos enlatados na categoria, mas foram os grandes processadores e foodtechs que tomaram a frente com apostas para a primeira grande onda de plant-based do século 21, a maioria com a proposta de hambúrgueres vegetais. Do outro lado, os consumidores se dividiam entre vegetarianos e carnívoros curiosos para saber o quanto os novos produtos se assemelhariam às proteínas de origem animal.

De acordo com pesquisa realizada pelo The Good Food Institute (GFI), que analisou as demandas de consumo dessa categoria, metade dos brasileiros entrevistados nas cinco regiões do país reduziram seu consumo de carne nos últimos 12 meses, enquanto 39% dizem consumir alternativas vegetais para substituir produtos de origem animal, pelo menos três vezes por semana.

Já a pesquisa FMCG Gurus Plant Based Diets de Agosto de 2020 revela um importante dado sobre o consumidor brasileiro no segmento foodservice.  Quando questionados quais tipos de comida ou culinária preferem, a lista é liderada por comida local (93%), americana (85%) e italiana (84%), mas a vegetariana aparece na sequência, com 50% da preferência, bem superior aos 35% atribuídos à culinária japonesa. Nesta mesma pesquisa, 27% dos consumidores disseram que gostariam de ver mais opções vegetarianas nos menus, seja em prato principal ou snacks/entradas/sides – valor superior aos 17% que gostariam de ver mais LTO´s.

Justamente pelo perfil do consumidor moderno estar evoluindo, se tornando mais sofisticado, procurando por alimentos mais saudáveis, saborosos, nutritivos e confiáveis, que soluções de rótulos limpos ganham destaque independentemente da categoria. E não seria diferente para os produtos à base de proteína vegetal.

Segundo a pesquisa O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant Based, realizada pelo GFI, os entrevistados foram convidados a selecionar características nutricionais que consideravam mais importantes na compra de alternativas vegetais. Possuir sabor, aroma e textura igual ou melhor do que a proteína de origem animal foi apontado por 62% dos participantes como a característica mais importante para a decisão de compra.

A vontade de consumir um produto o mais natural possível ficou muito próxima do primeiro lugar, com 60% das pessoas escolhendo esta característica. Em seguida, 59% dos entrevistados ressaltaram priorizar o valor nutricional igual ou melhor à proteína de origem animal a qual o produto substituirá. O resultado desse pódio não é tão surpreendente assim, já que o Brasil é o quarto maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis do mundo. A conclusão do estudo é de que existe uma oportunidade muito grande de crescimento para carnes vegetais caso entreguem saudabilidade e experiência sensorial similar ao produto de origem animal.

Quando mencionamos soluções plant-based é natural que o primeiro pensamento seja relacionado aos hambúrgueres vegetais, devido à ampla divulgação da primeira linha de produtos da categoria. Mas o que nem todo mundo sabe é que há inúmeras possibilidades para quem quer desbravar esse “mar” de oportunidades.

É possível encontrar uma linguiça calabresa ou até mesmo uma linha delicatessen com “mortadela” em cubos, “presunto”, “peito de peru”, todos plant-based, frutos da evolução da indústria. Já existe no Brasil até mesmo uma “posta de salmão”, preparada com proteína de ervilha, extrato natural de páprica, sem adição de soja e rico em ômega-3.

Tendência mundial

No Chile, por exemplo, há bifes à milanesa de soja, livres de gorduras trans, colesterol e conservantes. No México, os consumidores encontram o Chilório vegetariano, sem conservantes, com base em proteína de soja (um prato originário do noroeste do país, tradicionalmente feito de carne de porco desfiada super temperada, para ser consumida com tortilhas de trigo).

Em 2021, as tendências seguem o caminho da inovação e tendem a ampliar as opções dentro da categoria. Em janeiro, diversas soluções foram lançadas em muitos países. No Equador, uma empresa apostou em um mix de sashimi baseado em plantas. Já nos Estados Unidos aconteceram lançamentos desde “bites” de omeletes de queijo para micro-ondas até “rolinho de salame” e muçarela, todos plant-based.

Tudo isso reforça a ideia de que produtos com apelo regional possuem mais aderência ao consumidor. Quem não ficaria no mínimo curioso em provar um típico bobó de camarão baiano à base de plantas? Ou um arroz com frango e pequi goiano à base de plantas? O Brasil é um país com dimensões continentais e uma cultura gastronômica riquíssima, pronta para ser valorizada e explorada em termos de soluções regionais.

E na sua operação, como você tem se preparado para atender à demanda de produtos plant based? A Kerry, empresa líder mundial em Taste & Nutrition, lançou recentemente Radicle™, portfólio de soluções alimentares plant-based. Exclusiva linha voltada à alimentos sustentáveis de origem vegetal, Radicle permite a otimização nutricional dos alimentos, tornando seus rótulos mais limpos, proporcionando sabores deliciosos e texturas atraentes, que ajudam as empresas a inovar no mercado de plant-based.

Fontes: Pesquisa “O consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based”, do The Good Food Institute (GFI), e Radicle by Kerry.

Pedro Tatoni é  Marketing Manager da Kerry

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