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Pesquisa mostra impacto do ESG nas companhias de alimentos

Realizada pelo banco suíço UBS, uma análise de mercado recém-publicada buscou detalhar a influência da governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) no comportamento das empresas e dos consumidores.

Contando com uma pesquisa que ouviu 5 mil pessoas de cinco países (Brasil, Estados Unidos, Reino Unidos, França e China), o trabalho também elegeu as companhias globais de alimentos, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos que mais adotam ESG, além de ter analisado o impacto desses investimentos em suas margens operacionais.

Segundo texto sobre pesquisa publicado no site de notícias Neofeed, a Nestlé é a empresa com a agenda de sustentabilidade mais abrangente dentre todas citadas. O feito foi alcançado com contribuição da escala de suas operações e de sua grande capacidade de pesquisa e desenvolvimento. Também ficaram bem colocadas na análise L’Oréal, Danone e Unilever.

Dentre as iniciativas de ESG mais peculiares da Nestlé está o uso de satélites para garantir que as matérias-primas não sejam provenientes de área de desmatamento irregular.

Apesar da boa colocação da Unilever, a pesquisa indicou que seus investimentos em ESG são menores do que os da Nestlé e da Danone, considerando o porcentual sobre o faturamento.

“Nesse sentido, a Unilever pode precisar ampliar ou adiantar esse plano de investimento, o que pode resultar em um impacto negativo sobre a progressão da margem operacional do grupo”, diz um trecho do trabalho.

No caso da Danone, os analistas destacaram o compromisso de investir 2 bilhões de euros até 2022 em ESG, mas alertaram sobre possíveis impactos negativos nas margens operacionais devido ao “poder limitado de preços do grupo (em laticínios e águas tradicionais) e à necessidade de investimentos mais elevados em marcas.”

Ainda segundo o estudo, o mercado pode estar subestimando o custo de implementação de iniciativas de ESG, causando risco de “um impacto profundo na entrega de margem futura”.

Para 68% dos entrevistados, as próprias empresas devem arcar com os custos da sustentabilidade. No Brasil, esse índice foi de 73%. Quase um quarto dos brasileiros acredita, contudo, que essa conta precisa ser dividida entre companhias e consumidores. Somente 3% acreditam que os consumidores devem pagar a conta do ESG.

Com informações do site Neofeed

Imagem: Reprodução

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