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Shopping Centers da Ásia e Europa confirmam o aumento da força do foodservice em suas operações

Durante o 16º Congresso Internacional de Shopping Centers da Abrasce, executivos de companhias desenvolvedoras de shopping centers da Ásia e da Europa compartilharam o atual momento de suas operações. A tecnologia também foi pauta e empresas do segmento mostraram como a pandemia impactou a visão do mercado.

Tom Andrews, executivo de ativos da HongKong Land, especializada em shopping centers de luxo, abordou a importância do equilíbrio das operações de alimentos e bebidas nos empreendimentos. Atualmente, 30% das operações dos shoppings da companhia são desse segmento e, como o foco são os clientes de alta renda, a HongKong Land dá atenção especial à presença de restaurantes com estrela Michelin em seu mix. Samuel Hibel, CEO da Kardan Land China, outra importante desenvolvedora de shopping centers do mercado asiático, explicou que o segmento de alimentos e bebidas, que antes tinha 13% de participação no mix de seus empreendimentos, agora representa 20%. A estratégia contribuiu para um crescimento de 25% no tráfego dos shoppings centers da rede.

Hibel explicou a importância de oferecer visibilidade às operações de restaurantes. “É importante que esses estabelecimentos apareçam nas pequisas dos usuários de aplicativos especializados. Muitas vezes, o consumidor não está com intenção de ir a um restaurante no shopping, mas se o estabelecimento aparecer no raio de busca sugerido pelo app, ele pode mudar de ideia”, afirmou Hibel. A tecnologia também tem destaque na HongKong Land e Andrews acredita que um dos principais diferenciais da empresa é seu sistema de CRM, que, entre outras soluções, permite que o consumidor acumule pontos e os troque por experiências. “Nossos clientes querem experiências que o dinheiro não compram. Jantar em um restaurante exclusivo e caçar trufas com o chef, é um exemplo”, afirmou.

No segundo painel, os empreendedores europeus confirmaram o aumento da força das praças de alimentação. “Antigamente, as operações de restaurantes em nossos empreendimentos representavam 3%, atualmente estão entre 10% e 15%”, afirmou Volker Kraft, sócio da ECE Alemanha. A área de entretenimento também vem ganhando força, mas o executivo admite que no Brasil ela tem muito mais destaque, característica confirmada por Rafael Sales, CEO da Aliansce Sonae. “Por volta de 35% das operações dos nossos empreendimentos são de entretenimento e gastronomia e outros 10% de serviços”, disse.

Kraft, da ECE, explicou que o tráfego de pessoas nos shoppings da Alemanha voltaram rapidamente a cerca de 80% do normal logo após o fim do distanciamento social, que por lá aconteceu entre março e maio, e atualmente está em 90%. Na Polônia, no entanto, o mercado tem sofrido mais para se recuperar, como explicou Leszek Sikora, diretor da ECE Polônia. “Nossos shopping centers dependem muito dos turistas e das pessoas que trabalham nos escritórios do entorno”, disse.

Foto: reprodução

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